O folclore brasileiro
é visitado em cinco histórias que narram: o cotidiano dos moradores de uma vila
de pescadores em meio à realização da farra do boi durante a Semana Santa; os
conflitos surgidos em uma comunidade perdida entre montanhas pelo temor de que
se cumpra uma antiga lenda envolvendo bruxas e lobisomens; as aventuras do boto
que se transforma em homem e seduz jovens moças às margens do rio
Tocantins, no Pará, e a surpreendente reviravolta que ocorre em seu destino ao
ser adquirido por um colecionador de Santa Catarina; o esforço de um menino para
realizar seu grande sonho: participar da dança do pau de fita durante os
festejos juninos da sua escola; em uma fábula, as peripécias dos personagens do
folguedo boi de mamão em visita a seus parentes do Norte e Nordeste do Brasil,
o boi-bumbá e o bumba meu boi. (EDITORA UFSC). ONDE COMPRAR ESTE LIVRO? à distância de um click.
Água de Cisterna
Poema
de Morche Ricardo Almeida
Bebi água de cisterna
portinhola de madeira
teto com duas águas.
Bebi água de cisterna
bica em zinco ou
folha-de-flandres.
gota a gota,
pingo a pingo.
Bebi água de cisterna.
Aparando água de chuva.
Quando chove...
Água que corre em calha,
já rasa; lodosa,
em busca de descanso;
no fundo.
Bebi água de cisterna.
Buraco cavado na terra,
revestido de cimento.
Bebi água de cisterna.
Onde encontra repouso,
sairá em vaso de metal,
madeira ou plástico.
Para saciar
o sedento de tudo.
Fundo escuro, úmido.
Morada de anfíbio sem cauda,
desdentado e de pele verrucosa.
Cisterna.